segunda-feira, 7 de outubro de 2013

dangerously in love - 4 - coming home




  


É como se a cada dia eu achasse um motivo pra desistir…


POV Cindy


Acordei assustada, pensei ter escutado a voz do meu pai, pode ter sido um sonho mas perecia real. O frio que fazia no quarto me deixou desconfortável, meus pelos se ouriçaram assim que o vento entrou pela janela entre aberta.Uma sensação estranha me dominou.


Me levantei com cuidado para não acordar kamy que dormia ao meu lado, quando voltei meus olhos para ela já tinha acordado. Infelizmente.

-Oh, me desculpe!

- Eu acordo a essa hora mesmo, não se preocupe.

-sorri de lado- Esta frio! -abracei meus braços.

- Sim, esta, vá tomar banho para se esquentar querida, tirar esse pijama curto!

- Vou fazer isso, onde é o segundo quarto mesmo? 

- Penúltimo daqui pra lá.

- Obrigada.

- De nada querida, já disse que pode contar comigo sempre que precisar.

-Obrigada novamente.

- Vá.

Segui as instruções dada por ela para chegar no quarto, o corredor já estava cheio de segurança. Ao entrar no quarto vi minhas coisas jogadas em cima da cama, separei uma calça jeans colada, uma blusinha de manga longa da cor branca, eu par de meias quentes, minhas roupas intimas e uma rasteirinha. Liguei o chuveiro e me pus em baixo da água quente deixando meu corpo o mais relaxado possível. O barulho da água me trazia a serenidade que eu precisava depois de uma turbulência de acontecimentos que eu considero avassaladores.

Depois de um longo tempo resolvi sair, enrolei uma toalha em volta do meu corpo e outra no meu cabelo. Me olhei no espelho antes de sair para o quarto, tive a visão horrível do meu rosto, olheiras enormes em volta dos meus olhos, minha boca pálida, eu não tinha mais brilho nos olhos. Meu olhar era vago.

Vesti minha roupa, voltei pro banheiro para escovar meus dentes e pentear meu cabelo. 


- Cindy? -um homem apareceu na porta.

- Hum? 

- Alceu esta te chamando.

- Tudo bem.


Passei pelo homem rapidamente, ele encarava meu corpo com luxuria como se estivesse criando cenas de mim nua no seu quarto.

Ao entrar na sala do meu tio o cheiro do cigarro rapidamente me fez espirrar varias vezes em seguida.


- Cindy, como esta? Vejo que tomou banho! 

- Sim, tomei.

- Já esta quase na hora do almoço, você não conhece aqui certo? Suponho que ainda não teve coragem de andar por ai. -assenti- Sabia, costumamos nos reunir no segundo corredor na porta quarto para fazer as refeições, você pode ir lá quando estiver com fome.

- Eu não quero ficar aqui! -retruquei, ele bufou.

-Quer morar na rua? Pra mim não faz diferença!

A porta foi aberta despertando nossa atenção, era o ''Assassino do meu pai'' engoli em seco desviando meus olhos dos deles. 

- Vim pegar as garotas, onde elas estão? 

- Venha comigo! 

Ele se levantou da sua poltrona vermelha e foi indo em direção a porta, quando ia sair parou e me encarou.

- Me espere!

Sem obedecer sua ordem me levantei e fui atras deles sem eles me perceberem, no caminho eles conversavam algo sobre uma nova boate, meu pai foi citado duas vezes isso me deixou mais interessada ainda, continuei os seguindo até entrarem em uma sala, antes que eu conseguisse entrar a porta foi trancada. Colei meu ouvido na porta para escutar, mesmo ouvindo baixinho as coisas ditas por eles era possível entender, nomes femininos foram ditos, regras citadas e eu ouvi claramente. " Justin sera o novo chefe, se desobedecerem ele mata! Sem dó nem piedade. A boate era do roberto mas sabemos cada canto por mais escondido que for, haverá câmeras vigiando vocês o tempo todo, nossos capangas também.'' Foi o que Alceu disse.

Desgraçado! Eles ficaram com a boate do meu pai, eles tomaram conta de tudo! 

Pensei.

Fui tirada dos meus devaneios por algo que eu não esperava. A porta foi aberta, dei de cara com Alceu.


- Eu quero ir para boate do meu pai! -disparei.


- O que esta fazendo aqui? 


- Eu quero ir para a boate do meu pai! -repeti.


- Não existe mais!


- Eu ouvi vocês dizendo !


-Para de ser intrometida, você não sai daqui até completar 18! -falou bravo.


- Por favor, eu juro que não fujo! -implorei.


- Não!


- Eu quero ir pra minha casa!


- Não porra!


- Por favor, me deixa ir pra minha casa!


- Aqui é a sua casa!


- NÃO É ! -gritei- EU PREFIRO MORRER DO QUE FICAR AQUI! 



Ele e Justin me encararam por alguns segundos, depois um encarou o outro. Alceu se aproximou segurando meu braço com força, muita força. 


- Você conseguiu me deixar nervoso! A onde se viu gritar comigo? -ele soltou meu braço quase me empurrando- VAI, SOME DA MINHA FRENTE! 


Fui pro meu quarto, nem precisei arrumar minha mala já nem tinha a desfeito ainda. Ao sair trombei com Justin, por causa das sua altura dei de cara com seu peitoral malhado, seu perfume tirou meus sentidos.Ele pegou minha mala da minha mão e fez um sinal pra mim com a cabeça o segui. 


Percebi que estávamos em um estacionamento, as dançarinas estava entrando em uma van branca, Justin entrou em uma Ferrari cinza parando bem ao meu lado, abaixou o vidro e me olhou por cima das lentes escuras do óculos.


- Vai ficar ai ou entrar? 


Hesitei em entrar mas fui antes dele sair vando dali. Durante o caminho parecia que eu estava no espaço, meus cabelos estavam literalmente em pé, o vento forte quase rasgando minha pele.


Reconheci uma casa no inicio da rua, isso significa que estamos quase lá. Só de estar na rua da boate do meu pai já me deu uma certa alegria, voltar ao lugar onde várias coisas aconteceu é algo tão...Estranho!



Enfim o carro parou, desci rapidamente olhando tudo ao nosso redor, quando parei meu olhar na boate foi quando me dei conta de que ele não estaria ali, ele nunca mais vai estar. Me encostei no carro e coloquei as mãos no rosto sentindo que não aguentaria segurar o choro, tudo vai me lembrar ele, tudo vai me fazer chorar.


A saudade vai me consumir, me enlouquecer, me fazer querer morrer para ver ele novamente.As brincadeiras que ela fazia comigo quando pequena, os presentes que ainda estão guardados dentro do meu guarda roupa. A dor não tem tamanho, perder a unica pessoa da sua vida que se importa é como perder o chão. Sufoca por dentro. 


- Entre- a voz rouca de Justin soou atras de mim


Enxuguei as lágrimas com a manga da blusa tentando me recompor, Justin estava apoiado no carro com as braços acima do capu me encarando. Respirei fundo antes de entrar.








Ahhhh, quem escutou Heartbreaker? Porra que linda! Justin sambou, hauhua
Gostaram? Continua<3 
The Light of the bad boy está nos retoques finais! 

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