quarta-feira, 2 de outubro de 2013

dangerously in love - 2 - SHOULD KILL YOU!


“Um coração só é pouco demais pra armazenar toda essa dor.”



Tinha varias garotas ali, reconheci algumas pelas roupas, elas trabalhavam para meu pai, o homem me soltou ali e saiu.Observei todo ambiente até meus olhos pararem em um homem sentado na mesa de madeira cheia de coisas, inclusive uma arma. Tinha outro homem ao seu lado, ambos me encaravam, abaixei minha cabeça.

- Como é seu nome vadia?


- July -a loira respondeu


- Essa vai para a boate!-disse ao seu companheiro.


-E o seu? - apontou para outra loira


- Cher


-Mate-a! - arregalei meus olhos ainda de cabeca baixa.


Ouvi os gritos se distanciando. Ele foi escolhendo uma por uma, a maioria ele disse para matar resmungou algo do tipo '' Cruzes, Roberto não sabe escolher garotas'' quando chegou minha vez de ser analizada nao respondi sua pergunta, eu estava tao assustada que mal conseguia falar algo


- Cindy Shannon-falei baixo.


- Cindy Shannon ? -levantei meu olhar para ele, sua feição ficou seria- Justin leve-a até o segundo quarto!


- O que? 


- leve-a para onde eu  pedi! -ordenou ignorando a pergunta.


- Mas...


- Anda caralho!


Sem retrucar novamente, ele veio ate mim me pegando pelo braço e saindo dali, suas passadas eram longas tive que correr para acompanha-lo, reparei que seu cabelo era da mesma tonalidade do homem de ontem, foi ele o assassino do meu pai? Ele esta me levando para esse quarto para me matar? 


Tinha que me livrar dele, nesse corredor não há mais ninguém alem de mim e ele, aproveitei a deixa para escapar. Dei tranco puxando meu braco das suas fortes mãos e corri o mais rápido que pude, ele estava logo atras de mim, entrei em mais um corredor.


Tinha varias portas, entrei em uma e tranquei, era um quarto, tinha uma janela enorme só que não dá pra fugir por elas, tinha grades para meu total azar. Entrei dentro do guarda roupa pequeno, foi o único meio que achei de fugir. Tentei normalizar minha respiração, a porta foi arrombada logo depois que me ajeitei dentro daquela bagunça, a arma sendo engatilhada me fez arrepiar, os passos se aproximando. Fechei meus olhos com força. 


Brutalmente meu braço foi puxado.


- DEVERIA TE MATAR! - berrou.


- Você matou meu pai! -ele parou de andar


- Roberto é seu pai ? 


-Era -Imediatamente meus olhos se enxeram de lágrimas.



Depois de um tempo me observando ele continuou o caminho, eu parecia uma criança choramingando por causa do machucado sendo puxada pela mãe a caminho de casa. Tao sensível quanto um bebe, tao dependente. 


Ele fechou a porta, ficou só eu e Deus. O quarto era chique, televisão tela plana, cama redonda com colchão confortável, tapete felpudo em todo o chão, ar condicionado e um banheiro lindo. Me deitei abracando o travesseiro de seda importada.


Assim que acordei me assustei ao ver um homem logo a minha frente, me sentei rapidamente.


- Venha comigo! -dei de costas, não obedeci- Venha logo!


Levantei devagar e fui o seguindo, no fim acabei na mesma sala de antes.


- Olá Cindy! -sorriu- Como esta? -fiquei em silencio- Você deve estar confusa, eu sei! Por isso te chamei aqui. Bom... Vamos começar!


Ele se levantou da cadeira dando a volta na mesa, dei um passo atras.


- Meu nome é Alceu Shannon, sim, eu sou da sua família! Seu tio. Daqui pra frente aqui vai ser sua nova casa já que você só tem 16 anos, você é apenas uma adolescente e não tem mais ninguém a não ser eu! -ressaltou o EU - Se quiser pode ir conhecer o local, só não desce para o andar de baixo ouviu ?  


Finalmente abri minha boca.


- Eu quero ir pra minha casa! -minha voz saiu falha


- Você não tem mais casa! -a vontade insana de chorar.


- O que aconteceu com minha casa?


- Trouxemos suas coisas de lá, roupas etc!


- Você não respondeu minha pergunta.


-suspirou irritado- E nem vou responder, agora saia!


Uma misera lágrima escorreu pelo meu rosto, o desespero começou a tomar conta de todo o meu ser, eu estava caindo em um buraco profundo de dor, a dor da perda é a que mais doí, o choro que eu estava segurando dês da morte do meu pai se pôs para fora. Pensei em ir embora mas não tenho pra onde ir.


Sai correndo dali atormentada com o rumo que minha vida tomou de uma hora para outra, meu corpo se chocou com outro, imediatamente minha cabeça começou a latejar.


- Desculpe, desculpe, desculpe! 


- Ei, calma, esta tudo bem! -era uma senhora - quem é você? 


- Cindy.


- Você esta bem? Porque esta chorando? -meu choro multiplicou- Venha comigo.


Ela pegou minha mão e me levou não sei para onde, só pelo seu jeito doce ela me passou certa segurança, ela foi a unica que perguntou como eu estou, foi a unica que realmente pareceu se preocupar. Apertei forte sua mão. 


- Fique a vontade, aqui é meu quarto, sou a cozinheira daqui, me chamo kamy -ela se sentou na poltrona pegando dois rolos de lã para fazer crochê - Porque esta nesse lugar? 


- Meu pai morreu, Alceu é meu tio- tampei meu rosto com as mãos.


- Oh deus! -veio me abraçar - vai ficar tudo bem, eu vou te ajudar!


- Ele era tudo que eu tinha! -choraminguei.


- Você tem que ser forte!


- Eu não vou conseguir! Minha mãe me largou, ele cuidou de mim a sua vida inteira, ele era tudo o que eu tinha!


- Sei o que você esta sentindo!


- Agora eu não tenho nada


- Você ainda é jovem, tem a vida inteira pela frente!


- Eu quero morrer!




Um comentário:

  1. Continua ta perfeita, mais cadê mais um cap da The Light Of The Bad Boy ? Aaaah );

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