“Teu olhar, teu sorriso, teu jeito de ficar sem graça, tudo isso me encantou.”
_____Emy____
Me despreguice ainda
na cama depois de uma bela noite de sono,espera, na cama? Era pra mim estar no
sofá da sala, eu dormi lá. Mas enfim, marcava tres horas da tarde no meu
celular ,aproveitei pra responder algumas mensagens acumuladas e me levantei da
cama, separei a roupa que irei usar hoje deixando em cima da cama. Peguei minha
toalha e fui pro banheiro.
***
Depois de quase uma
hora tomando banho resolvi sair, tirei o excesso de água do meu cabelo para não
sair molhando a casa e finalmente fui pro quarto. Coloquei a roupa escolhida
que era uma blusa de mangas longas um pouco decotada da cor lilás clara, um shorts
branco e uma sapatilha. Penteei meu cabelo e depois coloquei todo para o lado,
passei meu perfume e por fim só um blush pra deixar minha bochecha corada.
Coloquei meu celular no bolso e fui pra sala.
- Chris? Bob? Jessye? -gritei depois de
perceber que estava sozinha.
- cadê eles? -perguntei a mim mesma.
Disquei o numero de
Chris rapidamente pois sabia de cor e decorado, ele atendeu na sexta chamada.
- onde vocês estão? -perguntei aparentemente
irritada.
-no apartamento, viemos...
- e me deixaram sozinha? Nossa que legal!
-bufei.
- como eu estava falando antes de você me
interromper, viemos pra cá de manhazinha, que eu saiba você odeia acordar cedo!
- custava me avisar?
- desculpa, desculpa gatinha! Justin já esta
indo te buscar pra vim aqui e não fique de frescura, beijo!
- mas... -ele desligou- droga, eu vou matar
aquele idiota, eu não vou a lugar nenhum com Justin, Chris é um idiota, um
idiota...
A porta foi aberta
me fazendo parar de reclamar, Justin entrou por ela sem blusa e completamente
suado, ele estava sexy. Tentei manter o foco e não olhar no seu belo corpo
malhado, mas acho que é impossível quando se tem um gostoso na sua frente.
- esta estressada? -ele disse com um sorriso
de lado.
-te interessa? Vamos logo pro apart, quero ver
como ficou aquilo. -falei guardando o celular no bolso e indo em direção a
porta.
-ei, espera! -me segurou, tirei rapidamente
suas mãos do meu braço.
- não ouse tocar em mim todo suado desse
jeito! - respirei fundo, ele revirou os olhos - esperar por que?
- vou tomar banho, olha o jeito que estou!
- ta, vai logo! -bufei me sentando no sofá
irritada.
Ele deu risada e foi
pro banheiro.
***
Logo ele saiu do
quarto com uma calça de moletom e uma regata, queria perguntar pra ele se não
sente calor, mas deixei isso pra lá com medo de receber uma resposta
desagradável. Me levantei do sofá colocando minha bolsa que tinha pegado a
alguns minutos atrás no ombro. Justin
fechou a porta logo depois que sai, dei a volta no carro e entrei ele entrou
logo em seguida pisando fundo no acelerador. Esse menino ama velocidade, só
pode.
- passa no Starbucks. -olhei minhas unhas-
ainda não comi nada!
- não comeu porque não quis, na geladeira e
nos armários tinha varias coisas gostosa! -disse sem me olhar.
- por favor, eu estou morrendo de fome!
- olha só, você sabe ser educada!
- mas também sei ser mal educada, vai me levar
ou não?
- vou, só porque foi educada!
Ele virou o volante
inteiro mudando a direção. Ao chegarmos lá ele estacionou e nós descemos, assim
que entrei notei que estava cheio, fui até o balcão e pedi o que queria comer
pagando logo em seguida , encontrei uma mesa vazia e fui até ela, ficava perto
da janela dando a visão da rua movimentada. Justin se sentou na cadeira a minha
frente, peguei meu celular pra não ficar olhando pra cara dele e me distrair
até meu lanche chegar.
Justin estava me
olhando.
Percebi os olhares
dele sobre mim.
- o que foi? -bati meu celular com forca na
mesa o encarando. Me irrito facilmente.
- quantos anos tem ?
- por que quer saber?
- fale -me incentivou.
- dezessete!
- nossa, você ainda é uma adolescente! -disse
impressionado.
- graças a deus, é um saco ter uma vida de
adulto!
- eu não acho, ser independente é a melhor
coisa!
- nisso eu concordo, mas pra ser independente
tem que trabalhar e quem gosta de trabalhar?
- vai sempre depender dos seus pais ?
- sim - apoiei meus cotovelos na mesa, encarei
os olhos claros dele- e você? Quantos anos?
- vinte e quatro. -respondeu simples.
-uau!
- o que?
- não parece que tem essa idade!
- é que você convive com meninos adolescentes
mimados, não sabe diferenciar homem e garotos! -falou ríspido, ele home é
bipolar, uma hora ele conversa normal comigo e outra como se eu fosse uma
qualquer.
- eu nem vou perder meu tempo te respondendo!
Por sorte meu
cappuccino e minhas torradas com geléia de framboesa chegou, comecei a comer
aquilo com calma apesar de estar avarada de fome.
***
Justin deixou o
carro no estacionamento que era subterrâneo, pegamos o elevador para o nosso
andar. A porta estava aberta quando chegamos, empurrei com calma já observando o local totalmente
mudando. Estava irreconhecível, fui pra sala, quando cheguei vi Bob deitado no
chão com os braços e pernas abertas, isso me fez rir. Chris e Jessye estavam no sofá, a cara deles
não estavam nada boa. A faxina deve ter acabado com ele. Assim que notaram
minha presença me olharam esperando algo.
- esta ótimo! -disse dando meu melhor sorriso.
- ah, como é bom ouvir isso! -Bob quase
gritou.
- deu tanto trabalho amiga!
- eu imagino Jes, esse apartamento estava
caindo aos pedaços agora esta lindo!
- não vai procurar um defeito ? - Chris disse
vindo me abraçar.
- eu deveria? Se tem defeito é porque não
limparam direito! - ele riu.
- não tem defeito não.
- já comeram ?
-perguntei me sentando ao lado de Jes.
- sim, fomos em um restaurante.
- bom... A garota já esta entregue, tenho que
ir! -Justin disse fazendo um toque com Chris.
- eu tenho nome! -esbravejei.
- Emy ! -ele sorriu sínico .
- antes fala pra ela sobre a boate!
- amanhã vai inaugurar uma boate, estamos
querendo ir... -o interrompi empolgada.
- uhul, eu topo!
- mas só entra com vinte anos, e você tem
apenas dezessete aninhos!
- eu e Jessye temos rg falso!
- o que? -Chris nos olhou.
- eu pedi pro Gil.
- como ele conseguiu ?
- não sei Chris, que saco!
- aquele menino é um bandido, depois de tudo
que ele te fez você ainda conversa com ele?
- faz tempo que eu tenho esse rg Chris, foi
antes de tudo!
- não foi, a algumas semanas atrás você não
podia entrar em boates por conta da sua idade!
- ta, idai ?
O que importa é que consegui, agora eu não vou mais ser barrada na porta
das boates!
- chega vocês dois! -Jessye disse
aparentemente brava - nós vamos?
- eu não! -me levantei e fui pro quarto
batendo a porta assim que entrei.
Me joguei na cama
suspirando, coloquei uma musica qualquer e fiquei ali, no tédio.
___Justin___
Chris bufou irritado depois de escutar o
estrondo da porta.
- será que ela não percebe que eu só quero o
bem dela?
- eu acho que você se preocupa muito com ela!
- não é isso Justin, eu sou amigo dela desde
pequeno é como se eu fosse um irmão pra ela , eu sinto obrigação de proteger
ela!
- ela não quer que você a proteja, e alem do
mais ela já é grande!
- você me decepcionou Jessye! -Chris disse.
- porque?
- você sabia que ela ia pedir o rg falso e nem
impediu!
- nós precisávamos !
- vocês são muito mimadas, querem tudo na hora
que quiserem!
- nós erramos, eu sei!
- esquece, esquece!
- vamos ou não na boate? -perguntei
impaciente.
- estou morrendo cara, não vou.
- eu também, Bob já esta ate dormindo!
- ok, eu vou pra casa, Emily já deve ter
chegado!
Despedi de todos.
Sai do apartamento e chamei o elevador, logo ele chegou. Fui pegando a chave em
caminho do meu carro , de longe o destravei, entrei no carro e fui pra casa. O
sol já estava se pondo , o céu estava laranjado, alertando a quase noite. Quando
cheguei em casa procurei Emily, mas ela não estava, o que foi muito estranho
pois já era pra ela estar aqui faz horas. Me sentei no sofá para assistir o
filme que passava na tentativa de tirar todos os pensamentos maldosos que se
formaram na minha cabeça.
Emily abriu a porta.
Me pus de pé rapidamente.
- Justin ? -seu olhar foi confuso- pensei que
estava no apartamento!
- porque demorou tanto?-perguntei aflito.
- desculpa, teve um imprevisto na lanchonete.
- não esta mentindo? O que aconteceu la ?
Ela suspirou,
estávamos parecendo dois desconhecidos que nunca se viram na rua. Estávamos um
distante do outro.
- Justin desculpa! -ela começou a chorar- por
favor tente entender!
- se você contar talvez eu te entenda!
Ela me puxou pela
mão sentando no sofá, me sentei do seu lado.
- eu conheci um homem...ele é o novo garçom da
lanchonete ...- ela falava soluçando-
começamos a conversar e com o tempo eu comecei a gostar dele de uma
forma estranha, eu não admitia a mim mesma que estava apaixonada por ele, hoje
ele me chamou pra sair com ele e eu não conseguir dizer não, foi automático. Eu
estou gostando dele Justin, mas eu não quero gostar!
Eu apenas balancei a
cabeça de forma positiva e abaixei meu olhar. Eu não sei o que falar, ver minha
garota falar isso é algo...algo estranho.
- eu não te trai Justin, de jeito nenhum! Eu
te respeito muito, eu não suportaria te fazer sofrer! Eu não quero te deixar
Justin, você é tudo que eu pedi a deus, mas eu não posso te enganar dessa
forma, eu vou terminar!
Procurei forcas para
assimilar aquelas palavras de forma boa, afinal ela esta sendo sincera comigo.
Levantei meu campo de visão para ela que tinha os olhos cheios de lagrimas, eu
só não entendi o porque das lagrimas, ela se esta se libertando de mim para ir
viver um amor. Era pra ela estar feliz.
- tudo bem, tudo bem. -repeti- vá viver sua
vida, seja feliz!
- podemos ser amigos certo? Eu não quero de
maneira nenhuma me distanciar de você!
- não, é melhor não! -me levantei do sofá-
vai ser estranho sabe, já passamos por tantas coisas juntos que essas coisas
vão se tornar lembranças, e de uma forma ou outra vão ser lembradas. Vamos
deixar tudo no passado.
- mesmo não concordando, eu te entendo. Mas
fique sabendo que eu nunca vou me esquecer Justin, você...
- vem cá- falei interrompendo-a, esse discurso
vai demorar pra acabar- meus amigos estão no seu apartamento, eles podem ficar
lá só por essa noite ?
- eles podem ficar ate quando quiserem, eu já
tenho um lugar pra ficar!
- ok, hoje eu vou ir dormir na casa da minha
mãe...você tem o resto da noite pra pegar as coisas- minha fala saiu ríspida.
- não precisa ir, eu não vou demorar.
- do mesmo jeito eu vou, me distrair um pouco.
-disse saindo.
Peguei a chave no
meu bolso e entrei no carro. O caminho ate a casa dos meus pais demorou 30
minutos, a casa deles eram em um bairro distante, um bairro rico. Meu pai é um
empresário, tem uma renda grande, é com esse dinheiro que ele da uma vida de
rainha para minha mãe, a vida que ela merece. Eu tenho muito orgulho do meu pai, ele batalhou
pra conseguir o que queria, minha infância não foi nada fácil, as vezes minha
mãe limpava a casa dos outros para conseguir dinheiro pra comprar meu material
escolar. Mas tudo que é conquistado com raça, sempre nos da orgulho.
Ao abrir a porta vi
meu pai tirando um soneca no sofá , ele estava de meia e ainda com sua roupa de
trabalho. O cheiro da comida da minha mãe dominava o ambiente, esse é meu
lugar, o lugar onde eu nunca deveria ter saído. Fui pra cozinha. Abracei ela
pela cintura dando um beijo estralado na sua bochecha.
Agora que as coisas vão ficar boas, muahaha
Até o proximo, beijinhos